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[...] "Objectos que encontram na sua própria pujança material — o ponto físico de onde partem —, um mundo de sedução que os conduz a pulverizar numa projectada e infinda mobilidade a sua existência finita. Assim, uma cadeira exemplifica o seu percurso no espaço, através de uma fuga ao próprio objecto “cadeira”. Vai representar-se com a velocidade vibrátil e fisicamente imaginativa de uma ideia que rompe o seu instável e inicial processo de composição, para adquirir uma ininterrupta condição de vida imaginária. Procura e encontra, dentro e fora do orgânico espaço da pintura, a sua veloz condição de carga cinética. Em muitas das pinturas este mesmo universo encontra a sua expansão na luminosidade de riscas que conduzem um vibrato, uma quase química de irradiações. Conduzem e expandem, enquanto pintura, razão e prazer."
João Miguel Fernandes Jorge
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